Histórico
A Farmácia Escola do Instituto Multidisciplinar em Saúde da Universidade Federal da Bahia (IMS/UFBA) nasceu como um projeto de extensão que envolveu docentes do curso de Farmácia, direção do IMS/UFBA e a farmacêutica lotada no campus Anísio Teixeira no ano de 2012. Como campo de prática, foi utilizada a primeira Farmácia da Família do município de Vitória da Conquista, cedida pela Secretaria Municipal de Saúde para atividades do curso de Farmácia.
Em janeiro de 2016, a Prefeitura de Vitória da Conquista inaugurou a Farmácia da Família II, com apoio do IMS/UFBA e foi celebrado o convênio para que este serviço funcionasse como campo de prática para os discentes de Farmácia. A partir deste convênio, no âmbito da universidade, o serviço foi denominado Farmácia Escola do IMS/UFBA. Trata-se de uma estrutura totalmente otimizada para o ensino, com capacidade para atender 8000 pacientes/mês e para receber diariamente 20 estudantes de Farmácia de diferentes componentes curriculares, projetos de extensão e estágios. A área física inclui sala de aula com capacidade para 12 alunos, quatro consultórios para atendimento farmacêutico e seis guichês para dispensação de medicamentos.
Atualmente, o serviço funciona com quatro farmacêuticos, sendo dois vinculados a Secretaria Municipal de Saúde e dois vinculados à UFBA. No serviço, todos os pacientes são cadastrados no Sistema Nacional de Gestão da Assistência Farmacêutica (HORUS), são atendidos de forma humanizada e recebem as devidas orientações sobre o uso racional de medicamentos no momento da dispensação. Com a implantação do Prontuário Eletrônico Cidadão (PEC/e-SUS) na Atenção Básica da rede municipal de saúde, a farmácia também passou a integrar a rede, através do cadastro do serviço e dos farmacêuticos que realizam atendimento clínico.
Por fim, a implantação da Farmácia Escola do IMS/UFBA visa adequar o ensino ao disposto na Lei nº 13.021 de 2014 que dispõe sobre o exercício e a fiscalização das atividades farmacêuticas (BRASIL, 2014) e às mudanças anunciadas no Instrumento de Avaliação dos Cursos de Graduação do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES), onde está descrita a obrigatoriedade da estruturação da Farmácia Universitária para os cursos de Farmácia (BRASIL, 2015).
Referências- BRASIL. Ministério da Educação. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Nota Técnica DAES/INEP nº 008/2015.
- BRASIL. LEI Nº 13.021, DE 8 DE AGOSTO DE 2014.
Serviços
Dispensação de medicamentos dos Componentes Básico e Estratégico da Assistência Farmacêutica. No serviço estão disponíveis medicamentos contemplados pelos Componentes Básico da Assistência Farmacêutica e alguns itens do Componente Estratégico, totalizando cerca de 220 itens que compõem a Remume municipal. O Componente Básico da Assistência Farmacêutica (CBAF) promove ao cidadão acesso a medicamentos e insumos para o tratamento dos principais problemas de saúde e programas acompanhados pela Atenção Primária.
Já o Componente Estratégico da Assistência Farmacêutica (CESAF) destina-se à garantia do acesso equitativo a medicamentos e insumos, para prevenção, diagnóstico, tratamento e controle de doenças e agravos de perfil endêmico, com importância
epidemiológica, impacto socioeconômico ou que acometem populações vulneráveis, contemplados em programas estratégicos de saúde do SUS, tais como tuberculose, hanseníase, malária, leishmaniose, doença de chagas, cólera, esquistossomose, leishmaniose, filariose, meningite, tracoma, micoses sistêmicas, dentre outras.
Como se dá o acesso...
Na Farmácia-escola, os pacientes recebem medicamentos de auxiliares de farmácia, estudantes de Farmácia e farmacêuticos. No entanto, aqueles atendidos pelos auxiliares de farmácia não recebem as orientações técnicas pertinentes. No momento do
atendimento dos pacientes pelos estudantes/farmacêuticos, serão categorizadas as informações prestadas no ato da dispensação através de um formulário especifico:
- Indicação (os pacientes sabem a indicação do (s) medicamento (s) que estão usando?).
- Adesão: (informações relacionadas à orientação sobre a posologia e ênfase na adesão da terapia). • Influência dos alimentos (orientação sobre utilização do medicamento em jejum, pré ou pós-alimentação, bem como interações medicamentoalimento).
- Influência de outros medicamentos (os usuários receberam informações sobre possíveis interações medicamentosas?)
- Potenciais efeitos adversos (os usuários foram alertados sobre potenciais reações adversas causadas pelos medicamentos que utilizavam?)
- Armazenamento (eram transmitidas informações sobre como e onde armazenar os produtos?)
- Monitoramento de eficácia/efetividade (o paciente tem acompanhado os parâmetros relacionados aos medicamentos que utiliza?)
A dispensação supervisionada pelos farmacêuticos será realizada durante todo o período de atividades, concomitante à revisão dos instrumentos de coleta de dados, do fluxograma do processo de dispensação, da pesquisa e discussão sobre as principais informações disponíveis em literatura sobre os medicamentos do elenco da farmácia e dos protocolos terapêuticos e diretrizes nacionais e internacionais sobre o tratamento das doenças prevalentes na população atendida.
Dispensação de insumos para Automonitoramento da Glicemia Capilar
Atendimento clínico-farmacêutico
Sessões clínicas
Legislação
- BRASIL. Ministério da Educação. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Nota Técnica DAES/INEP nº 008/2015.
- BRASIL. LEI Nº 13.021, DE 8 DE AGOSTO DE 2014.
- BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes Nacionais Curriculares do Curso de Farmácia. 2002.
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